sábado, novembro 17, 2007

Low Cost

Há dias, por questões profissionais, pois é, este desgraçado também trabalha porque a vida está cara e a beleza custa, e custa muito dinheiro.

Sorte tem a minha mulher que já nasceu linda e com qualquer trapinho fica bem, até doente ela é bonita, mais, acho que até de ressaca ficaria bem, mas nunca a vi de ressaca, felizmente já a vi nua, mas de ressaca não.

Se há coisa que custa mesmo muito é ter uma mulher que além de ser bonita é inteligente.
Por muito que eu tente “convence-la” de alguma coisa em que ela não acredita ou tenha duvidas, lá vem a santa questão disfarçada de ignorância ou ingenuidade “ Arranja outra coisa que com essa não me convences”.

Mas voltemos ao tema inicial deste texto, há dias por questões profissionais tive que ir a uma feira a Valência, companhia de low cost e tal, e pensava eu que era uma viagem rápida que não me ia chatear, que era só mais um Portuga no meio de outros.
Engano meu!
Logo no aeroporto, comecei a ver caras familiares e a sentir o cheiro característico do meu mundo profissional!
O cheiro a “azeiteiro” e a novo-rico. Camisas berrantes, fatos de domingo e perfume do hipermercado lá da terra.
Telemóvel topo de gama pelos quais “berravam” ordens para as fábricas e comentavam o quanto facturavam, esqueciam-se era o de quanto deviam.
Um autentico carrossel dos esquisitos!
A viagem, de avião, foi numa companhia de low cost, sobejamente conhecida, porque a virtude de um empresário em início de carreira é reduzir os custos e maximizar os lucros.
Para certas pessoas, low cost não significa nada, pois mal entram nos aviões estão a queixar-se.
Que as hospedeiras são más, fisicamente más entenda-se, que a cerveja é cara e que nem revistas ou mantas para roubar há!
Por 70 euros queriam o quê? O Concord e uma tripulação repleta de “misses”?
Mas adiante que atrás vem gente.
Sem querer ser exagerado, a maioria dos que foram àquela feira, foram com o intuito exclusivo de irem às putas!!!
Eu fui para trabalhar, eles foram para ir á pesca, neste caso de piranhas e eles é que foram pescados.
É nestes pequenos exemplos que se distinguem os grandes empresários dos grandes ordinários.
Os portugueses ficam na segunda categoria os espanhóis na primeira, pois eram eles que tinham as gajas lá a atacarem.
Por isso é que o país está como está e Espanha esta a crescer.
O empresário português na sua maioria só quer duas coisas a crescer, a conta bancária e a gaita, tornando-se um contra senso uma vez que para a gaita deles subir a conta bancária desce.
Passou-me pela ideia mudar de profissão, não seria chulo, mas sim “agente de viagens”.
Como? É simples, organizava viagens de turismo sexual e enfeitava o “pacote turístico” com uma aprazível feira comercial acompanhada com álibis perfeitos para mulheres desconfiadas e empresários otários.

Ressalvo aqui a posição dos poucos conhecidos e chegados com quem tive o prazer de viajar, que felizmente estão bem na vida, graças a uma visão empresarial alargada e empenhada e ao facto de para eles negócios serem negócios e mulheres serem as que têm em casa.